segunda-feira, 3 de agosto de 2020

I was, I'm, and I will be in love

I was, I'm, and I will be in love*

     Forgive me cause I love you so fast

      Drinking in your mouth the perfume of your smile.

                                   Vinicius de Moraes

                           Translation: Elvé.

you are the poetry flowing from my fingers,
and I drown in your ocean waters.
I want feel our bodies being only one,
I live in thee, and thou art my home.

I adore the sun being born in your eyes,
and we will fire all lights in heaven.
I love you with a flame that never burns out,
a fire that never turns down in me.

Let me be lost in your curves,
eye on eye, skin on skin, pounding,
to tell you that I don’t exist without you.

I want feel myself inside your body, no end,
and I, so void in me, and, so full of you.
You are the poem written within of me.

 

 *This poem was composed, almost totally, 

with texts selected from the book "intimismo"

of Izabella Furtado Rodrigues.


Amei, Amo e Amarei

amei, amo e amarei*

Eu te peço perdão por te amar de repente

...Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos.

                                            Vinicius de Moraes. 

tu és a poesia que escorre de meus dedos,

e me afogo nas águas de teu mar.

queria sentir nossos corpos serem um só,

e fiz morada em ti, e também me fiz teu lar.


adoro o nascer do sol em teus olhos:

acenderemos todas as luzes do céu.

amo-te como chama que não se apaga,

um fogo que queima dentro de mim.


deixa eu me perder nas tuas curvas,

olho no olho, pele na pele, pulsante,

para dizer-te que não existo mais sem ti.


quero me sentir dentro de ti, sem fim

e eu tão vazio de mim e tão cheio de ti.

tu és o poema escrito dentro de mim.


*poema composto, quase que totalmente, 

com versos extraídos do livro "intimismo" 

de Izabella Furtado Rodrigues.


Ghesas de Eros - Ninfeta

                                 

                           Ghesas de Eros – Ninfeta*

a vida em pingos de luz e as luzes pingos de sol

as luas que vêm nunca são as mesmas que vão

tão mocinha e já de seios intumecidos

ela sorri um si bemol

o rosto é uma lua cheia de cio

lindos olhos cor de mel cabelos ao vento

também ela é lua nua fêmea jovem e fogosa

para quem serão esses seios livres?

vítima indefesa da felicidade

o muito é nada quando se busca o impossível

mas os anjos existem e também as fadas

de nada vale o amor se a carne é o que se quer

a carne leve cada vez mais leve como se a cada

segundo ela fosse se tornando mais e mais menina

tê-la assim os lábios trêmulos de prazer

lábios feitos para o beijo

seguro nela com a febre das querências – urgente

e giro o girar das galáxias

 

* Poema composto a partir do livro Ghesas de Eros de Paulo Bauler.  


Ghesa de Eros - Ninfetinha

          Ghesas de Eros – Ninfetinha*

ela solta as peias da imaginação

em namoro adolescente como se

flutuassem no éter de uma viagem astral

boca a boca a língua em chamas

beijos lambidos libertam asas à alma

olhos acesos jeito feito para o beijo doce

suave liberdade em sua gruta úmida

até que a pega de jeito puxa provoca belisca desafia

e naufraga em mar revolto na busca da praia insular

a metade inferior é o que de melhor existe

ela grita e corcoveia exibe os lábios tão menina

e já a alma se faz uma besta fera

e lambe-lhe os lábios lutam uma luta surda e muda

e ela brilha feito uma santa barroca

em cada gesto um toque e em cada toque um truque

e se ajeita em bruços os glúteos fervendo em pecados

como se não fosse para tanto tão curta a vida

e se banha em águas de eterna juventude

no afago repetido embala uma garotinha sonolenta

ébria ainda do prazer recente entorpecida

esparge nela sementes generosas ela se acalma

mais outra vez quer ser mulher inteira

o encaixe perfeito...solitários nunca mais

* Poema composto a partir do livro Ghesas de Eros de Paulo Bauler.        


Ghesas de Eros - Ninfa

         Ghesas de Eros – Ninfa*

 

Assim, tão femininos esses eu-te-amos,

e ela se finge inocente donzela,

e ela fecha os olhos e me beija a boca

quente e úmida. As línguas

e os lábios enlouquecidos com gritos,

soterrados nas entranhas da terra,

e nas cavernas da alma. O mundo ferve,

o universo arde e ela me ama sem pejo,

e não era fome de comida,

e não tinha sede de bebida.

Tinha fome e sede de vida,

e ela sussurrava ais de ninfa apaixonada.

Vulcão em lava, havia cheiro e gosto de mim nela,

gosto e cheiro, infinito, em mim, dela.

Tudo é a idade, uma gata faminta,

lábios rubros e língua com gosto das manhãs.

Ela besunta meu corpo com óleo profano

e sua língua solta veneno

e espalha combustível à fogueira.

Somos fios nervosos da terra,

eletrons que tentam sair para os céus.

 

*Poema composto a partir do livro Ghesas de Eros de Paulo Bauler.